Um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA). Seu objetivo principal é evitar que os raios entrem diretamente no edifício a ser protegido, estabelecendo um ponto de incidência prioritário para a descarga que eventualmente atingir o edifício sem sistema. Além de capturar o raio, o SPDA também deve direcionar a corrente relevante diretamente para o solo de acordo com um caminho definido, que consiste nos condutores do sistema de proteção.
QUAIS SÃO OS RISCOS RELACIONADOS À SEGURANÇA?
Quando um raio atinge um edifício protegido, a descarga passa pelo para-raios e atinge o sistema de cabos até atingir o solo, se dissipa no solo e perde sua força. Sem tais medidas de proteção ou sistemas insuficientes, os raios podem danificar a estrutura do edifício e penetrar nas instalações elétricas. Além disso, o fracasso do SPDA também coloca em risco os moradores que circulam no prédio durante a queda do raio.
QUE TIPO DE EDIFICAÇÃO PRECISA DE UM PROJETO DE SPDA, SEGUNDO AS NORMAS?
A NBR 5419 especifica que existem edificações em que a estrutura do SPDA é indispensável. São elas:
- Construções comuns, utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas, administrativos ou residenciais.
- Estruturas especiais, como, por exemplo, chaminés de grande porte.
O SPDA obrigatório nesses edifícios depende de uma análise prévia do risco de queda de raios.
Nesse ponto, a ameaça de falha do equipamento eletrônico foi avaliada. Inclui também perdas econômicas na área, ferimentos e mortes de humanos e animais e a ocorrência de raios.
Através deste diagnóstico, os edifícios que utilizam SPDA podem ficar dispensados da obtenção de laudo técnico denominado na ART (Declaração de Responsabilidade Técnica). A ART é assinada pelo engenheiro para comprovar que a estrutura não apresenta riscos.
OS 3 SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA RAIOS MAIS COMUNS?
- Ponta de Franklin
- Gaiola de Faraday
- Esfera rolante (eletrogeométrico ou esfera fictícia)
- O sistema de proteção de pára-raios Franklin é o mais conhecido e ainda o mais comum sistema de pára-raios, conduzindo os raios até o solo por meio de uma barra de metal com uma armadilha e um fio isolado para proteger a estrutura com um cone. Este é um tipo de ligação a terra, muito adequado para edifícios pequenos.
- Este sistema é um conjunto de hastes e condutores de aterramento, que isolam o interior para proteger os edifícios dentro da “gaiola”. Esse método é muito comum na Europa, e tem crescido no Brasil, proporcionando melhor proteção. A proteção também está relacionada à distância entre os condutores, quanto mais próxima for à distância entre eles, maior será a proteção. Nesse sistema, a viga atinge a grade e a carga é trazida para o lado e baixada até o solo.
- Projeto de SPDA baseado em esferas rolantes (eletrogeométrico ou esfera fictícia) utiliza uma esfera que deve rolar pela edificação. Onde a esfera estiver, haverá maior chance de descargas atmosféricas tocarem a construção. Por isso, esses pontos da edificação devem ser protegidos com para-raios do tipo ponta Franklin ou ionizante. O tamanho da esfera deve ser proporcional ao nível de proteção desejado.
É muito importante instalar o SPDA corretamente. Lembre-se de uma empresa ou engenheiro confiável para analisar e instalar. Isso evita erros graves na proteção de equipamentos e estruturas. Portanto, antes de continuar, pesquise com quem você deseja negociar!